Preso pela repressão de Getúlio Vargas, após a Intentona Comunista de 1935, escapa e foge para a Europa, onde passa dois anos. De volta ao Brasil, matricula-se na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) e funda o primeiro Clube de Cinema, fechado algum tempo depois pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).
Em 1946 vai estudar em Paris como bolsista do governo francês. Organiza e dirige a Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, instituição transformada na Cinemateca Brasileira dez anos mais tarde. Defensor do cinema nacional e agitador do Cinema Novo, realiza, a partir da década de 60, mostras de filmes em Brasília, que originam posteriormente o Festival de Brasília de Cinema Brasileiro.
Em 1965 cria o primeiro curso superior de cinema, na Universidade de Brasília, iniciativa encerrada por causa da cassação de vários professores. Três anos depois se torna professor de história do cinema e de cinema brasileiro na Escola de Comunicações e Artes da USP.
Entre suas obras mais importantes estão: Jean Vigo (1968), 70 Anos de Cinema Brasileiro (em co-autoria com Ademar Gonzaga, 1966), Humberto Mauro, Cataguases, Cinearte (1974) e Paulo Emílio: Crítica de Cinema no Suplemento Literário, publicado postumamente, em 1982. Morre em São Paulo.