Nascido em Salvador, é filho de mulata alforriada e português. Casa-se cedo, tornando-se pai de cinco filhos. Inconformado com a situação de miséria da colônia, em meados da década de 1790, começa a participar de reuniões secretas, juntamente com estudantes, comerciantes, proprietários, intelectuais, soldados, artesãos e funcionários.
Toma conhecimento da Revolução Francesa, discute os ideais liberais e sua possível aplicação no Brasil. É preso em 1798, após o aparecimento de folhetos clandestinos em Salvador anunciando a declaração da "República Baiense" e conclamando a população da cidade a defendê-la.
Acusado de ser um dos autores dos textos anônimos, finge demência nos dois primeiros interrogatórios. Examinado por médicos que constatam o embuste, decide negar seu envolvimento com os rebeldes. Mas, em 11 de setembro, segundo declaração registrada nos autos do processo, confessa "ter entrado no projeto, em que se tentava levantar uma revolução nesta cidade". Condenado à morte e enforcado, seu corpo é repartido em pedaços e exposto em praça pública.