Em sentido geral, merece esta denominação a postura que preconiza a investigação dos fundamentos do conhecimento como a condição para todo e qualquer questionamento filosófico. Segundo esta compreensão, a pergunta pelo conhecer deve ter primazia sobre a pergunta acerca do ser, uma vez que, sem aquela, não se pode garantir com seguran&c Pressione TAB e depois F para ouvir o conteúdo principal desta tela. Para pular essa leitura pressione TAB e depois F. Para pausar a leitura pressione D (primeira tecla à esquerda do F), para continuar pressione G (primeira tecla à direita do F). Para ir ao menu principal pressione a tecla J e depois F. Pressione F para ouvir essa instrução novamente.
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Criticismo

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Em sentido geral, merece esta denominação a postura que preconiza a investigação dos fundamentos do conhecimento como a condição para todo e qualquer questionamento filosófico. Segundo esta compreensão, a pergunta pelo conhecer deve ter primazia sobre a pergunta acerca do ser, uma vez que, sem aquela, não se pode garantir com segurança sobre que bases a questão do ser está sendo afirmada. Levado às suas últimas consequências, o criticismo pode ser encarado como uma atitude que nega a verdade de todo conhecimento que não tenha sido, previamente, submetido a uma crítica de seus fundamentos. Neste sentido, ele se aproxima do ceticismo, por pretender averiguar o substrato racional de todos os pressupostos da ação e do pensamento humanos.

Em sentido estrito, o termo criticismo é empregado para denominar a filosofia kantiana. Esta se propõe investigar as categorias ou formas a priori do entendimento. Sua meta consiste em chegar a determinar o que o entendimento e a razão podem conhecer, encontrando-se livres de toda experiência, bem como os limites impostos a este conhecimento. Este projeto pretende fundamentar um pensamento metafísico de caráter não dogmático, uma vez que o dogmatismo foi posto em cheque, no contato com a postura cética. Entre o ceticismo e o dogmatismo, o criticismo kantiano se instaura como a única possibilidade de repensar as questões próprias à metafísica.

O criticismo kantiano renasce em meados do século XIX, como reação ao predomínio do movimento idealista, por um lado, e, por outro, como contraposição ao positivismo nascente. Este movimento recebe a denominação de neocriticismo ou neokantismo, espalhando-se por toda a Europa, de modo predominante na França e Alemanha. Alguns de seus principais representantes: Otto Liebmann, Lange, Cohen, Natorp, Renouvier, Victor Brochard, Adamson, Cassirer.