Político realista e cuidadoso, cerca-se de conselheiros provenientes da burguesia e não da aristocracia feudal. Interessado em reforçar o poder real e as finanças do reino, expulsa da França os judeus e confisca-lhes terras e bens.
Faz o mesmo com a Ordem do Templo, rica e poderosa organização de cavaleiros surgida no tempo das cruzadas, capaz de financiar a própria monarquia francesa. Felipe acusa os templários de heresia e sodomia, suprime a organização, condena seus dirigentes a morrer na fogueira e retém seus bens.
Estabelece um orçamento anual, melhora o serviço do Tesouro, aperfeiçoa a administração e aumenta o número de funcionários reais. Em 1296 entra em conflito com o papado ao lançar impostos sobre os bens da Igreja e ao impedir que saíssem da França os recursos destinados ao Vaticano. Contrário às taxas, o papa Bonifácio VIII o excomunga.
Quando morre, Felipe garante a escolha de um francês, Clemente V, como papa. A seu pedido, Clemente transfere a sede do papado para Avignon, no sul da França, onde permanece de 1305 a 1378.