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Felipe, o Belo

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Rei da França (1268-29/10/1314). Felipe IV é considerado o primeiro dos soberanos modernos, por resistir às pressões da Igreja e dos senhores feudais e centralizar o poder. Filho do rei Felipe III e da rainha Isabel de Aragão, casa-se com Joana de Navarra em 1284, anexando à França, pelo casamento, as regiões de Champagne e de Navarra.

 Político realista e cuidadoso, cerca-se de conselheiros provenientes da burguesia e não da aristocracia feudal. Interessado em reforçar o poder real e as finanças do reino, expulsa da França os judeus e confisca-lhes terras e bens.

Faz o mesmo com a Ordem do Templo, rica e poderosa organização de cavaleiros surgida no tempo das cruzadas, capaz de financiar a própria monarquia francesa. Felipe acusa os templários de heresia e sodomia, suprime a organização, condena seus dirigentes a morrer na fogueira e retém seus bens.

Estabelece um orçamento anual, melhora o serviço do Tesouro, aperfeiçoa a administração e aumenta o número de funcionários reais. Em 1296 entra em conflito com o papado ao lançar impostos sobre os bens da Igreja e ao impedir que saíssem da França os recursos destinados ao Vaticano. Contrário às taxas, o papa Bonifácio VIII o excomunga.

Quando morre, Felipe garante a escolha de um francês, Clemente V, como papa. A seu pedido, Clemente transfere a sede do papado para Avignon, no sul da França, onde permanece de 1305 a 1378.