Com dificuldades para se manter na cidade, presta concurso para o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) no Recife, Pernambuco. Aprovado, começa a carreira de funcionário público. Entra na política em 1947, indicado para a chefia da Secretaria da Fazenda pernambucana pelo ex-presidente do IAA.
Em 1950 elege-se deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD). Assume novamente a Secretaria da Fazenda em 1959 e, no mesmo ano, vence as eleições para a prefeitura do Recife pelo Partido Social Trabalhista (PST). Chega ao governo do estado em 1962, apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), e faz uma administração popular.
É responsável, por exemplo, pelo Acordo do Campo, uma negociação entre as ligas camponesas e os usineiros que estende o salário mínimo aos trabalhadores rurais. Em 1964 é deposto pelos militares e vai para o exílio na Argélia. Só volta ao Brasil com a anistia, em 1979. Retoma a atividade política no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
É o deputado federal mais votado do Nordeste em 1980 e, quatro anos depois, torna-se governador de Pernambuco. Em 1990 deixa o PMDB e filia-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual se elege deputado federal no mesmo ano. De 1994 a 1998 ocupa pela terceira vez o cargo de governador de Pernambuco.