Desde a Antiguidade existem filósofos dogmáticos, como Parmênides (515 a.C.-445 a.C.), Platão e Aristóteles, e céticos, que se recusam a crer nas verdades estabelecidas. No século XVIII o dogmatismo racionalista prega a total confiança na razão como meio de chegar a verdades seguras. Com Immanuel Kant o termo adquire novo sentido. Em Crítica da Razão Pura o filósofo faz uma oposição entre o criticismo - doutrina que estuda as condições de validade e os limites do uso da razão -, o dogmatismo e o empirismo, que se diferencia daqueles por reduzir o conhecimento à experiência. Para Kant, o dogmatismo é "toda atitude de conhecimento que consiste em acreditar na posse da certeza ou da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de conhecer".
O antagonismo entre dogmatismo e ceticismo aparece também na obra de Auguste Comte (1798-1857), que considera que a vida humana existe em estado dogmático ou estado cético. Este último, segundo ele, não é mais do que uma passagem de um dogmatismo anterior a um novo dogmatismo. Para os filósofos de tradição marxista o termo dogmático é usado para a tendência de se manter uma teoria com fórmulas estereotipadas, tirando-a da prática e da análise concreta. Segundo Friedrich Engels (1820-1895), "o marxismo não é um dogma, mas um guia para a ação".