Vem para o Brasil no início da década de 20 e se estabelece com os irmãos no Rio de Janeiro, onde trabalha num ateliê de cerâmica e estuda pintura na Escola de Belas-Artes. De volta a Buenos Aires em 1929, ganha a vida como desenhista, criando charges para jornais e revistas argentinos.
Enviado ao Brasil pelo jornal Pregón para fazer desenhos do litoral brasileiro, passa seis meses na Bahia e se apaixona por Salvador. Retorna em 1944 para morar na capital baiana e integra-se à cultura local: toma aulas de capoeira, frequenta as cerimônias de candomblé e participa da política.
Torna-se secretário de Educação da Bahia e presidente da Sociedade Cruz Santo do Ilê Axé Opô Afonjá, um dos terreiros mais famosos de Salvador. Sua vasta obra reproduz paisagens da capital baiana e seus personagens: dos ritos afros, com seus orixás coloridos, aos becos e ladeiras de Salvador, passando pelas rodas de capoeira. É dele a série de painéis Os Povos Afros, os Ibéricos e os Libertadores (1988), que decoram o mural do Memorial da América Latina, em São Paulo. Morre em Salvador.