Sátira. Bruzundanga é um país fictício, parecidíssimo com o Brasil do começo do século e o de hoje, cheio de elites incultas dominando um povo, com racismo [javaneses lá, mulatos como o autor cá], pobreza, obsessão com títulos e riquezas e uma literatura de enfeite, sem sentido e desatualizada. O livro é um diário de viagem de um brasileiro que morou tempos na Bruzundanga, conheceu sua literatura, a escola samoieda [falsa, monótona e afastada da cultura, com autores fúteis e aconchavados com a classe dominante]; sua economia confusa que exauri a riqueza do país, sendo dominada pelos cafeeiros da província de Kaphet. Mostra também a obsessão por títulos como os de nobreza e os de doutor, mesmo quando seus possuidores não são nobres e são pouco letrados. A seguir critica a legislação [a Constituição, baseada na de um país visitado por Gulliver, tem uma lei que diz que se a lei não for conveniente à situação ela não é válida], a política [os presidentes, chamados Mandachuvas, assim como os ministros, os heróis e os deputados, são estúpidos e vazios], o processo democrático [tão corrupto quanto era na República Velha], a ciência, o resto da cultura [quase nula, por vezes perto do negativo], o exército e a política internacional. Repleto de caricaturas de personagens da vida política da época, como Venceslau Brás e o Barão de Rio Branco, o livro é uma crítica ferina a sociedade brasileira, sua literatura sorriso da sociedade e sua organização político-econômica.
Título do artigo:
Os Bruzundangas
97
por: Algo Sobre
sobre: Resumos Literarios
[Lima Barreto]
Sátira. Bruzundanga é um país fictício, parecidíssimo com o Brasil do começo do século e o de hoje, cheio de elites incultas dominando um povo, com racismo [javaneses lá, mulatos como o autor cá], pobreza, obsessão com títulos e riquezas e uma literatura de enfeite, sem sentido e desatualizada. O livro é um diário de viagem de um brasileiro que morou tempos na Bruzundanga, conheceu sua literatura, a escola samoieda [falsa, monótona e afastada da cultura, com autores fúteis e aconchavados com a classe dominante]; sua economia confusa que exauri a riqueza do país, sendo dominada pelos cafeeiros da província de Kaphet. Mostra também a obsessão por títulos como os de nobreza e os de doutor, mesmo quando seus possuidores não são nobres e são pouco letrados. A seguir critica a legislação [a Constituição, baseada na de um país visitado por Gulliver, tem uma lei que diz que se a lei não for conveniente à situação ela não é válida], a política [os presidentes, chamados Mandachuvas, assim como os ministros, os heróis e os deputados, são estúpidos e vazios], o processo democrático [tão corrupto quanto era na República Velha], a ciência, o resto da cultura [quase nula, por vezes perto do negativo], o exército e a política internacional. Repleto de caricaturas de personagens da vida política da época, como Venceslau Brás e o Barão de Rio Branco, o livro é uma crítica ferina a sociedade brasileira, sua literatura sorriso da sociedade e sua organização político-econômica.
Sátira. Bruzundanga é um país fictício, parecidíssimo com o Brasil do começo do século e o de hoje, cheio de elites incultas dominando um povo, com racismo [javaneses lá, mulatos como o autor cá], pobreza, obsessão com títulos e riquezas e uma literatura de enfeite, sem sentido e desatualizada. O livro é um diário de viagem de um brasileiro que morou tempos na Bruzundanga, conheceu sua literatura, a escola samoieda [falsa, monótona e afastada da cultura, com autores fúteis e aconchavados com a classe dominante]; sua economia confusa que exauri a riqueza do país, sendo dominada pelos cafeeiros da província de Kaphet. Mostra também a obsessão por títulos como os de nobreza e os de doutor, mesmo quando seus possuidores não são nobres e são pouco letrados. A seguir critica a legislação [a Constituição, baseada na de um país visitado por Gulliver, tem uma lei que diz que se a lei não for conveniente à situação ela não é válida], a política [os presidentes, chamados Mandachuvas, assim como os ministros, os heróis e os deputados, são estúpidos e vazios], o processo democrático [tão corrupto quanto era na República Velha], a ciência, o resto da cultura [quase nula, por vezes perto do negativo], o exército e a política internacional. Repleto de caricaturas de personagens da vida política da época, como Venceslau Brás e o Barão de Rio Branco, o livro é uma crítica ferina a sociedade brasileira, sua literatura sorriso da sociedade e sua organização político-econômica.