Praticamente tudo que se conhece de seu reinado vem da Bíblia, porque ele contrata um grupo de escribas para recolher a cultura oral de seu povo e registra 400 anos de lendas e contos em aramaico. Nessa coletânea aparecem pela primeira vez as histórias de Adão e Eva, de Abraão e de Isaac, entre outras. Contudo, ao contrário do que se acredita, não são de sua autoria o Eclesiastes ou o Cântico dos Cânticos.
Com um reinado caracterizado pela opulência, constrói fortalezas, equipa o Exército e, usando a riqueza que acumula com a arrecadação de impostos, executa projetos arquitetônicos como o Templo de Jerusalém, símbolo da unidade nacional dos hebreus - o que restou dele é hoje o Muro das Lamentações de Israel.
O povo, no entanto, passa fome e sofre com os altos tributos, o que gera ressentimentos. Após sua morte, o reino se divide em Israel, ao norte, sob o comando de Jeroboam I (século 10 a.C.), e Judá, ao sul, sob o comando de Rehoboam, um dos filhos de Salomã.