Poti, chamado Antônio Felipe Camarão pelos portugueses, nasce em Pernambuco e é educado pelos jesuítas.
Extremamente religioso, chefia a tribo dos potiguares até 1630. Com a invasão dos holandeses, em fevereiro desse ano, passa a ajudar Matias de Albuquerque na defesa da capitania. Concentra suas tropas na estância de Santo Amaro, de onde pode atacar o adversário no trajeto do Recife para Olinda.
Em pouco tempo é congratulado com várias graças régias, entre elas o hábito da Ordem de Cristo, a patente de capitão-mor dos potiguares, o brasão de armas, o título de dom, rendas e soldos. Participa de diversas batalhas contra os invasores, seguindo do Rio Grande do Norte à Paraíba.
Dá importante contribuição à vitória portuguesa na primeira batalha dos Guararapes, em 1648. Morre no Recife, cerca de um mês depois. Segundo o frei Manuel Calado, em texto de 1648, "esse índio foi o mais leal soldado que el-rei teve nesta guerra, porque sempre acompanhou os portugueses com sua gente em todos os trabalhos e fadigas.