Jornalista e crítico de cinema, escreve para o Suplemento Literário do jornal O Estado de S.Paulo, entre 1964 e 1967, tendo passado também pelo Jornal da Tarde, Folha da Tarde e Folha de S.Paulo. Em 1966 filma Documentário, trabalho em 16 milímetros. Mergulhado na Boca do Lixo, zona de prostituição na cidade de São Paulo, em 1968 dirige O Bandido da Luz Vermelha, um retrato anárquico da região.
A fita causa polêmica no meio cinematográfico e é acusada pelos adeptos do cinema novo de ser decadente e despolitizada. A seguir Sganzerla faz A Mulher de Todos (1969) e Abismu (1977), em que se mantém fiel à linha marginal com doses de irreverência. Em 1970 funda, no Rio de Janeiro, a produtora Belair, em parceria com Júlio Bressane, e juntos partem para a realização de filmes de baixo custo, como Sem Essa Aranha, Copacabana Mon Amour e Carnaval na Lama.
No mesmo ano Sganzerla roda em vários países africanos o documentário Fora do Baralho. Em 1980 retoma seu interesse por Orson Welles e dirige três documentários sobre a passagem dele pelo Brasil, no início da década de 40: Nem Tudo É Verdade, Linguagem Orson Welles e Tudo É Brasil.