Filósofo e teólogo cristão, considerado o principal representante da patrística. Nasceu em Tagaste, localizada na África, filho de pai pagão e mãe cristã, Santa Mônica. Apesar de sua mãe lhe haver apresentado à religião cristã desde muito cedo, seus primeiros estudos voltaram-se para a retórica, a gramática e os clássicos latinos. Lecionando em Cartago, travou contato com a doutrina maniqueísta (ver maniqueísmo), da qual foi adepto durante nove anos, por ver nela uma resposta consistente ao problema da existência do mal.
De uma ligação amorosa duradoura, teve um filho, Adeodato, falecido ainda adolescente. Mudando-se para Milão, após breve estadia em Roma, foi influenciado pelos ensinamentos da escola neoplatônica (ver Neoplatonismo). Esta filosofia teria apressado seu processo de conversão ao cristianismo, pois ele era compreendido, nesta época, como a formulação racional mais próxima da verdade apreendida pela revelação.
Ainda em Milão, os sermões de Santo Ambrósio e a leitura de São Paulo teriam completado seu processo de conversão, consumada oficialmente, através de seu batismo, em 387. No ano seguinte, mudou-se para Cartago, onde permaneceu por três anos, organizando uma comunidade monástica. Em 391, foi ordenado sacerdote em Hipona, assumindo a função de bispo em 396. Manteve, desde a sua ordenação, várias polêmicas, contra os maniqueus, pagãos, judeus, judeus, priscilanistas, donatistas, pelagianos, arianos e apolinaristas. Faleceu em Hipona, durante a invasão dos vândalos a esta cidade.