Cineasta carioca (22/11/1937-16/9/1987). É considerado um dos mais importantes nomes do cinema brasileiro contemporâneo. Filho de judeus poloneses fugidos do nazismo, tem sua trajetória profissional influenciada pela filosofia marxista do pai.
Na década de 50 funda o [[Museu de Arte Cinematográfica]] e da Federal de Cineclubes do Rio de Janeiro. Integrado ao grupo do [[Teatro de Arena de São Paulo]], participa da criação do cinema novo no início dos anos 60. Nessa época trabalha como assistente de produção e continuísta e, em seguida, torna-se produtor de filmes, entre eles Todas as Mulheres do Mundo (1967), de Domingos de Oliveira.
Como documentarista, faz Maioria Absoluta (1964) e Nelson Cavaquinho (1968). A preocupação social e política de Hirszman aparece em sua estréia na direção, o episódio Pedreira de São Diogo de Cinco Vezes Favela (1961). Ainda em 1961 realiza A Falecida, baseado em obra de Nélson Rodrigues. Três anos depois roda Garota de Ipanema, um retrato da sociedade carioca da época.
Com São Bernardo (1971), inspirado no romance de Graciliano Ramos, promove uma profunda análise social do Brasil. Em 1980 dirige ABC da Greve, produção coletiva sobre as primeiras paralisações de metalúrgicos do ABC paulista, finalizada apenas após sua morte.
Seu trabalho mais célebre é Eles Não Usam Black-Tie (1981), premiado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Entre 1983 e 1985 filma Imagens do Inconsciente, trilogia em 16 milímetros em que capta a realidade de esquizofrênicos da Seção de Terapia Ocupacional do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro. Morre no Rio em decorrência da Aids.