No mesmo jornal é publicada uma série de artigos reunidos postumamente com o título de Prosas Bárbaras (1905). Em 1867 torna-se diretor do jornal Distrito de Évora, cargo que ocupa até ingressar na carreira diplomática. Enquanto serve na Inglaterra, lança O Crime do Padre Amaro (1875), primeiro romance realista português.
Nele expõe as linhas básicas de toda a sua obra: com humor sarcástico, faz críticas violentas à sociedade de Portugal e denuncia a corrupção do clero e a hipocrisia dos valores burgueses. Essas características se acentuam em O Primo Basílio (1878). Cônsul em Paris, funda, em 1889, a Revista de Portugal e colabora na imprensa brasileira com contos e artigos.
Escreve ainda os romances O Mandarim (1880), A Relíquia (1887) e Os Maias (1888). Suas últimas obras trocam a ironia pela descrença no progresso e nos ideais revolucionários. Passa a exaltar a vida no campo e as virtudes portuguesas. Dessa fase são A Ilustre Casa de Ramires (1900) e A Cidade e as Serras (livro publicado postumamente, em 1901). Morre em Paris.