Com a inadimplência do Fies em alta, o governo do presidente Michel Temer anunciará um novo modelo do programa para o ano que vem com regras mais duras para quem precisa de empréstimo para pagar a faculdade.
Estudantes pobres, que são o foco do programa, vão encontrar mais dificuldade na hora de quitar o financiamento. Será necessário autorizar, no momento do contrato, o desconto obrigatório de até 30% dos futuros salários para devolver o empréstimo.
Se a regra atual dá um ano e meio após a formatura para o início do pagamento, no novo modelo a devolução do empréstimo, atrelada ao salário, começará mais cedo.
Inadimplência no Fies
A porcentagem de ex-alunos com pagamentos atrasados tem girado em torno de 50%.
Caso a pessoa não consiga um emprego, o governo terá de definir um prazo para acionar as garantias (fiador e fundo garantidor).
Esse limite deverá ser de apenas alguns meses, de acordo com a atual proposta do governo.Essa definição, contudo, deve ficar para depois do anúncio e fora da medida provisória do Fies, segundo um integrante do governo que participa das discussões.