Estimulado pelo pai, estuda flauta, mas logo envereda pelo piano e, depois, pelo violão. Em 1910, já casado com a lisboeta Henriqueta Ferreira, é bem conhecido como pianista profissional. Está entre os compositores que reclamam a autoria do primeiro samba a sair em disco, Pelo Telefone, gravado em 1917 e registrado em nome de Donga.
A esse respeito e de alguns plágios que lhe são atribuídos, responde com uma frase célebre: "Samba é como passarinho, é de quem pegar". Começa a ganhar fama a partir de 1916, como pianista da agremiação carnavalesca Kananga do Japão.
Tem uma polêmica musical com Pixinguinha, em que ambos trocam insultos sob a forma de marchinhas de Carnaval. Ganha novo público em 1921, quando estréia como autor no Teatro Recreio, com a revista Segundo Clichê. É um dos maiores autores dos carnavais nos anos 20, com sucessos como Gosto Que Me Enrosco e Jura.
Apresenta-se com sua trupe em 1929 no Teatro Municipal de São Paulo. No ano seguinte, morre de hemoptise, hemorragia provocada por tuberculose, no Rio de Janeiro.