Inicia-se na fotografia aos 30 anos e viaja por Europa, África, China, Japão, Polinésia, México e América do Sul, passando pelo Brasil em 1941. Vive no Peru entre 1942 e 1946, muda-se para Salvador, na Bahia, é contratado pela revista O Cruzeiro, descobre o candomblé e começa a pesquisar as relações culturais africanas e brasileiras.
Em 1947 recebe bolsa do Instituto Francês da África Negra para estudar no continente africano e passa a escrever sobre a cultura negra. Na África, em 1949, descobre documentos dos séculos XVII a XIX sobre o tráfico de escravos entre o Golfo da Guiné e a Bahia.
Após 17 anos de estudos, torna-se doutor pela Sorbonne de Paris (1966) e escreve o livro Fluxo e Refluxo do Tráfico de Escravos entre o Golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos nos Séculos XVII e XIX. Em 1952 é sagrado babalaô na África.
No decorrer da vida, realiza importante intercâmbio de informações e de objetos africanos e brasileiros, produz 65 mil fotos e escreve 40 livros, entre eles Lendas Africanas dos Orixás e Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, ilustrados por Carybé. Seu último livro, Ewé, trata do uso medicinal e mágico das ervas. Morre aos 93 anos em Salvador.