Filósofo e romancista suíço de língua francesa (28/6/1712-2/7/1778). Considerado o representante mais radical do iluminismo e um dos ideólogos da Revolução Francesa. Nasce em Genebra. Órfão de mãe, é abandonado pelo pai aos 10 anos e entregue aos cuidados de um pastor.
Em 1728 vai para Annecy, na França. Muda-se para Paris 13 anos depois, onde se torna amigo do filósofo Denis Diderot e escreve para a Enciclopédia. Em Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens (1755), afirma que o homem nasce bom e sem vícios - o bom selvagem -, mas é pervertido pela sociedade civilizada. Em sua obra mais conhecida, O Contrato Social (1762), defende um Estado baseado na democracia e voltado para o bem comum e para a vontade geral.
É o primeiro a atribuir soberania ao povo. Prega liberdade, igualdade e fraternidade, lema assumido pela Revolução Francesa. Escreve também romances, como Júlia ou a Nova Heloísa, que obtêm grande sucesso, tratados sobre música e uma ópera, O Adivinho da Aldeia.
Suas ideias causam polêmica com outros pensadores e com as autoridades francesas. Obrigado a sair do país, exila-se na Inglaterra, mas volta para Paris em 1770. Mais tarde se muda para o castelo do marquês de Girardin, em Ermenonville, onde morre.