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Vírgula vírgula! Ponto!

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O povo adora uma vírgula. Por que, hein?

Vírgula ajuda a escrever frases enoooooooormes que, juntas, se transformam em parágrafos maiores ainda... e matam de cansaço o pobre leitor.

Por isso, queridos, por favor: mais pontos e menos vírgulas. Não é regra, mas ajuda se a frase tiver no máximo duas linhas e os parágrafos, entre quatro e seis linhas. Seja gentil com seu leitor.

O problema é que a gente confunde frase e oração. Pois vamos lembrar: frase é um enunciado de sentido completo, já diz Celso Cunha. A frase pode conter uma ou mais orações. O período é a frase organizada em orações. Uma oração: período simples. Mais de uma: período composto.

Pois bem. O final do período exige uma pausa bem definida, que deve ser marcada com ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências e, somente algumas vezes, com dois pontos.

Mas não basta decorar as regras. Tem que senti-las. Como? Primeiro, lendo e escrevendo muito; cultive sua gramática interna. Segundo, utilize seu "feeling"; ele está aí pra isso mesmo. Se tiver dúvida de pontuação, fale em voz alta o que você quer escrever e descubra onde estão as pausas e qual o tamanho de cada uma delas.

Depois de concluir sua redação, leia-a em voz alta. Faça como o grande escritor francês Gustave Flaubert, que berrava seus textos maravilhosos até eles estarem do jeitinho que ele queria. Quando a gente lê em voz alta, consegue identificar muitos problemas de pontuação.

Pra falar a verdade, eu sempre leio meus textos em voz alta, pra saber que moléstia eu escrevi.

Na sala, às vezes, nem preciso corrigir a pontuação dos alunos. Simplesmente peço para eles lerem a própria redação em voz alta. Aí, os danados vêm com aquele risinho amarelinho:

- Ah, eu acho que aqui tem um ponto. Ah, eu acho que aqui não é vírgula, é ponto.

Pois é. Eu também acho.