Nesta leitura, deixe o olhar seguir verticalmente para baixo, ao longo do texto, sem parar em cada linha)
O pássaro
cortou
o espaço
em um
vôo livre.
O grito
do animal
ferido
mostrava
o seu
sofrimento.
Pela janela
aberta
entravam
os silêncios
da madrugada
infindável.
A teia
de aranha
balançava,
enquanto
a mosca
procurava,
sem conseguir,
fugir ao
seu destino.
Napoleão Bonaparte
invadiu o Egito,
levando, além
de soldados,
cientistas e engenheiros.
A orquestra
fez uma pausa,
esperando
o término do solo
do violino.
"(...)
Existo também; de algum lugar
Uma mulher me vê viver; de noite, às vezes
Escuto vozes ermas
Que me chamam para o silêncio.
Sofro
o horror dos espaços
o pânico do infinito
o tédio das beatitudes.
(...)"