As conjunções são vocábulos de função estritamente gramatical utilizados para o estabelecimento da relação entre duas orações, ou ainda a relação dois termos que se assemelham gramaticalmente dentro da mesma oração. As conjunções podem ser de dois tipos principais: conjunções coordenativas ou conjunções subordinativas.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Conjunções coordenativas são os vocábulos gramaticais que estabelecem relações entre dois termos ou duas orações independentes entre si, que possuem as mesmas funções gramaticais. As conjunções coordenativas podem ser dos seguintes tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Conjunções Coordenativas Aditivas
As conjunções coordenativas aditivas possuem a função de adicionar um
termo a outro de mesma função gramatical, ou ainda adicionar uma oração
à outra de mesma função gramatical. As conjunções coordenativas gramaticais
são: e, nem.
Exemplos: Todos
aqui estão contentes e despreocupados; João apeou e
deu bons-dias a todos; O acontecimento não foi bom nem
ruim.
Conjunções Coordenativas Adversativas
As conjunções coordenativas adversativas possuem a função de estabelecer
uma relação de contraste entre os sentidos de dois termos ou duas orações
de mesma função gramatical. As conjunções coordenativas adversativas
são: mas, contudo, no entanto,
entretanto, porém, todavia.
Exemplos: Não negou
nada, mas também não afirmou coisa nenhuma; A moça deu
a ele o dinheiro: porém, o fez receosa.
Conjunções Coordenativas Alternativas
Conjunções coordenativas alternativas são as conjunções coordenativas
que unem orações independentes, indicando sucessão de fatos que se negam
entre si ou ainda indicando que, com a ocorrência de um dos fatos de
uma oração, a exclusão do fato da outra oração. As conjunções coordenativas
alternativas são: ou (repetido ou não), ora,
nem, quer, seja, etc.
Exemplos: Tudo
para ele era vencer ou perder; Ou namoro
a garota ou me vou para longe; Ora filosofava,
ora contava piadas.
Conjunções Coordenativas Conclusivas
As conjunções coordenativas conclusivas são utilizadas para unir, a
uma oração anterior, outra oração que exprime conclusão o consequência.
As conjunções coordenativas são: assim, logo,
portanto, por isso etc...
Exemplos: Estudou
muito, portanto irá bem no exame; O rapaz é bastante inteligente
e, logo, será um privilegiado na entrevista.
Conjunções Coordenativas Explicativas
Conjunções coordenativas explicativas são aquelas que unem duas orações,
das quais a segunda explica o conteúdo da primeira. As conjunções coordenativas
explicativas são: porque, que, pois, porquanto.
Exemplos: Não entrou
no teatro porque esqueceu os bilhetes; Entre, que
está muito frio.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
As conjunções subordinativas possuem a função de estabelecer uma relação entre duas orações, relação esta que se caracteriza pela dependência do sentido de uma oração com relação a outra. Uma das orações completa ou determina o sentido da outra. As conjunções subordinativas são classificadas em: causais, concessivas, condicionais, comparativas, conformativas, consecutivas, proporcionais, finais e integrantes.
Conjunções Subordinativas Causais
Conjunções subordinativas causais são as conjunções que subordinam uma
oração a outra, iniciando uma oração que exprime causa de outra oração,
a qual se subordina. As conjunções subordinativas causais são: porque,
pois, que, uma vez que, já que, como,
desde que, visto que, por isso que, etc.
Exemplo: Os balões
sobem porque são mais leves que o ar.
Conjunções Subordinativas Comparativas
Conjunções subordinativas comparativas são as conjunções que, iniciando
uma oração, subordinam-na a outra por meio da comparação ou confronto
de ideias de uma oração com relação a outra. As conjunções subordinativas
comparativas são: que, do que (quando iniciadas ou antecedidas
por noções comparativas como menos, mais, maior, menor,
melhor, pior), qual (quando iniciada ou antecedida
por tal), como (também apresentada nas formas assim
como, bem como).
Exemplos: Aquilo
é pior que isso; Tudo passou como as nuvens
do céu; Existem deveres mais urgentes que outros.
Conjunções Subordinativas Concessivas
Conjunções subordinativas
concessivas são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada,
se referem a uma ocorrência oposta à ocorrência da oração principal,
não implicando essa oposição em impedimento de uma das ocorrências (expressão
das oposições coexistentes). As conjunções subordinativas concessivas
são: embora, mesmo que, ainda que, posto que,
por mais que, apesar de, mesmo quando, etc.
Exemplos: Acompanhou
a multidão, embora o tenha feito contra sua vontade; A
harmonia do ambiente daquela sala, de súbito, rompeu-se, ainda
que havia silêncio.
Conjunções Subordinativas Condicionais
Conjunções subordinativas condicionais são as conjunções que, iniciando
uma oração subordinada a outra, exprimem uma condição sem a qual o fato
da oração principal se realiza (ou exprimem hipótese com a qual o fato
principal não se realiza). As conjunções subordinativas condicionais
são: se, caso, contanto que, a não ser que,
desde que, salvo se, etc.
Exemplos: Se
você não vier, a reunião não se realizará; Caso ocorra
um imprevisto, a viagem será cancelada; Chegaremos a tempo, contanto
que nos apressemos.
Conjunções Subordinativas Conformativas
Conjunções subordinativas conformativas são as conjunções que, iniciando
uma oração subordinada a outra, expressam sua conformidade em relação
ao fato da oração principal. As conjunções subordinativas conformativas
são: conforme, segundo, consoante, como (utilizada
no mesmo sentido da conjunção conforme).
Exemplos: O debate
se desenrolou conforme foi planejado; Segundo o
que disseram, não haverá aulas.
Conjunções Subordinativas Finais
Conjunções subordinativas finais são as conjunções que, iniciando uma
oração subordinada a outra, expressam a finalidade dos atos contidos
na oração principal. As conjunções subordinativas finais são: a fim
de que, para que, porque (com mesmo sentido da conjunção
para que), que.
Exemplos: Tudo
foi planejado para que não houvesse falhas; Cheguei cedo
a fim de adiantar o serviço; Fez sinal que todos
se aproximassem em silêncio.
Conjunções Subordinativas Integrantes
Conjunções subordinativas integrantes são as conjunções que, iniciando
orações subordinadas, introduzem essas orações como termos da oração
principal (sujeitos, objetos diretos ou indiretos, complementos nominais,
predicativos ou apostos). As conjunções integrantes são que e
se (empregado esta última em caso de dúvida).
Exemplos: João
disse que não havia o que temer (a oração subordinada
funciona, neste caso, como objeto direto da oração principal); A criança
perguntou ao pai se Deus existia de verdade (a oração
subordinada funciona, neste caso, como objeto direto da oração principal).
Conjunções Subordinativas Proporcionais
Conjunções subordinativas proporcionais são as conjunções que expressam
a simultaneidade e a proporcionalidade da evolução dos fatos contidos
na oração subordinada com relação aos fatos da oração principal. As
conjunções subordinativas proporcionais são: à proporção que,
à medida que, quanto mais... (tanto) mais, quanto mais...
(tanto) menos, quanto menos... (tanto) menos, quanto menos...
(tanto) mais etc.
Exemplos: Seu espírito
se elevava à medida que compunha o poema; Quanto
mais correres, mais cansado ficarás;
Quanto menos as pessoas nos incomodam, tanto mais realizamos
nossas tarefas.
Conjunções Subordinativas Temporais
Conjunções subordinativas temporais são as conjunções que, iniciando
uma oração subordinada, tornam essa oração um índice da circunstância
do tempo em que o fato da oração principal ocorre. As conjunções subordinativas
temporais são: quando, enquanto, logo que, agora
que, tão logo, apenas (com mesmo sentido da conjunção
tão logo), toda vez que, mal (equivalente a tão
logo), sempre que, etc.
Exemplos: Quando
chegar de viagem, me avise; Enquanto todos estavam
fora, nada fez de útil.