Eleito deputado estadual pelo Partido Socialista Brasileiro, participa, em 1956, da criação das Ligas Camponesas, pequenas organizações de plantadores e foreiros (trabalhadores diaristas) dos engenhos de açúcar da Zona da Mata, cujos objetivos são a distribuição de terras aos camponeses e a extensão das leis trabalhistas ao setor rural.
Sua luta se desenvolve em três frentes complementares: no próprio campo, contra o atraso e a desconfiança dos camponeses, produzindo vários boletins, como Guia do Camponês, ABC do Camponês e Cartilha do Camponês; na justiça, promovendo e contestando as ações judiciais que se multiplicam com o alastramento das ligas; e na Assembléia Legislativa, denunciando e protestando contra arbitrariedades, prisões e assassinatos impunes.
Em 1957 visita a União Soviética, como integrante da Comissão Econômica Parlamentar brasileira. Três anos mais tarde faz parte da comitiva do presidente Jânio Quadros que vai para Cuba. Eleito deputado federal em 1962, é preso após o golpe de 1964, sendo libertado apenas no ano seguinte.
Exila-se no México. Também escreve ensaios literários, contos e novelas. Entre seus livros mais conhecidos estão Cachaça (1951), Irmão Juazeiro (1961), O Que São Ligas Camponesas (1962) e Cambão: La Cara Oculta de Brasil (1968). Morre de infarto, em Cuernavaca, no México.