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Kate Middleton, o Papa e Osama

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Ufa! Que semana! Kate Middleton casou-se. Osama Bin Laden morreu, mas não suas ideias, é bom lembrar, e João Paulo II foi beatificado. Na Itália o turco Ali Agca, que há 30 anos tentou matar o papa, foi impedido de ir à Roma e, dessa forma, o mundo ocidental demonstrou mais uma vez sua dificuldade de conviver com o Islã, a religião que mais cresce no mundo.

O que chama a atenção na cobertura dada pela imprensa, seja nacional ou internacional, foi o quanto se ressaltou o ganho político que Obama terá com a morte de Osama na sua reeleição em 2012. É como se na verdade esse fosse o primeiro passo para reeleição, a primeira propaganda, uma peça de marketing pensada meticulosamente para impactar a opinião pública americana. Bem, deu certo até agora, pois antes mesmo do anúncio oficial, a calçada da Casa Branca estava tomada de americanos cantando: Oh, diga, você vê, pelas primeiras luzes do amanhecer... O hino nacional, com imagens transmitidas em todos os telejornais do mundo ao vivo.

Barack ObamaBarak Obama, em seu pronunciamento sobre a morte de Bin Laden, foi cauteloso em deixar explícito que não há guerra contra o Islã, resta saber se o recado foi entendido. Afinal, ficou claro que a mais potente máquina de guerra do mundo, os EUA, mal consegue travar duas batalhas contra nações paupérrimas, o Iraque e o Afeganistão.

Há ainda algo nesse “desfecho” da história de Bin Laden que chama a atenção: no que pese a forma como todos os filmes e minisséries apregoam o poder investigador dos órgãos governamentais americanos, só dez anos depois acharam o mais procurado inimigo dos Estados Unidos e não em 24 horas, como preconiza a famosa minissérie do canal FOX.

Já vejo pelo menos um resultado positivo com a história de Bin Laden, é que eu não aguentava mais ouvir falar do casamento do príncipe William com a “ex-plebeia” Kate Middleton.

As redes sociais foram invadidas pelo casamento. Minha revista semanal, que eu julgava “séria”, trouxe capa e matéria especial sobre o casamento. Acho até que a The Economist, a mais respeitada revista econômica do mundo, trará capa com os efeitos financeiros do casamento sobre a economia mundial.

E como se ninguém pudesse perder o evento. Dá até para imaginar Marmud Armadinejad, Presidente do Irã, tomando um chá com o Aiatolá Khamenei, atual líder supremo do Irã, assistindo ansiosos o casamento ao vivo pela Al-Jazira, uma espécie de CNN do mundo árabe.

Aliás, esse casamento deve ter sido o último evento que Osama Bin Laden assistiu e ficou imaginando que grande oportunidade ele perdeu de fazer um atentado maior que o de 11 de setembro.

É um mundo estranho esse que se configura todos os dias aos nossos olhos, tão complexo e multifacetado. Roguemos a Deus, Alá ou Jeová que nos ajude a entendê-lo.

b_82_106_16777215_01_imagens_autores_rossandro-klinjey.jpgPsicólogo Clínico com Mestrado em Saúde Coletiva atua desde 2001 em seu consultório particular. Como professor leciona nos cursos de Administração de Empresa, cursos da área de saúde, bem como em especializações nas áreas de: recursos humanos, gestão de pessoas, gestão pública, gestão estratégica, marketing, educação, entre outros.

Como palestrante atua nas áreas de recursos humanos, motivacional, liderança, perspectivas da educação, relações interpessoais, desenvolvimento emocional, gestão de pessoas, serviço público, cultura de paz, entre outros.

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