TRI - Por que questões do Enem têm pesos diferentes
A correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é realizada com base da Teoria de Resposta ao Item (TRI) e não segue o padrão das avaliações tradicionais, em que o número de acertos corresponde à média final. Até mesmo o acerto casual - chute - é previsto na TRI. Tomando como exemplo uma prova do Enem de 45 questões, que permitem acerto casual: se duas pessoas acertarem 20 questões - se não forem as mesmas 20 questões - dificilmente elas terão a mesma nota.
O exame, tem cinco notas, uma para cada área de conhecimento avaliada - Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática -, além da média da Redação. Para o cálculo das notas em cada uma das quatro áreas é utilizada a metodologia que busca medir o conhecimento a partir do comportamento observado em testes. No caso da Redação, porém, os critérios são os mesmos do antigo Enem, que vigorou até 2008.
"Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos pré-testes - quanto mais alunos acertam uma determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova porque o grau de dificuldade é supostamente menor", explica o MEC.
O que a TRI modificou no esquema de correção de prova?
Segundo o Inep, na operacionalização da correção, propriamente dita, não houve mudança. A mudança ocorrida é muito mais profunda - é uma mudança de concepção da avaliação.
A TRI substituiu a Teoria Clássica, que consiste em atribuir notas a partir do número de acertos, descontados os erros. A TRI não faz escore do aluno e possibilita a criação de uma medida (escala) para medir o conhecimento. A metodologia foi desenvolvida nos anos 50.