Ó minha gente vamos deixar de tentar dourar a pílula! A profissão de professor é uma das mais difíceis, ingratas e complicadas do mundo, e todo mundo sabe que todo mundo cobra pra caralho - essa palavra não é de baixo calão, não é aquilo que estais pensando não, é um tipo de cesta no mastro do navio usado para vigília e punição dos marinheiros - do professor, mas não dá condições dignas de vida e de trabalho.

Depois, os ambientes das escolas e acadêmicos, em geral, são verdadeiros serpentários, competitivos, cruéis, fogueira das vaidades, onde predomina arrogância e burrice, e onde falta muita humanidade, humildade e inteligência. Não existe camaradagem, mas grupinhos mafiosos querendo tirar vantagens ou detonar uns aos outros. A vida do professor, de certo modo, se torna pública, e é invadida, mas não tem o glamour dos artistas, nem os paparazzi para revelar seus supostos momentos de privacidade, mas com certeza uma burocracia nojenta diariamente a te meter o pé no saco ou a te torturar, no caso das professoras, em plena crise de TPM.

Além do que o professor, não se desliga, não fecha a pasta, leva no seu imaginário a escola ou a universidade pra casa. Profissão boa é de ator da platinada - ou mesmo das outras meio apagadas -, jogador de futebol, cantor sertanejo, apresentador/a idiota de TV, quanto mais idiota mais o salário dispara. Ou seja, essas profissões não precisam necessariamente de talento, de muito estudo, de perder noites e noites de sono, enfim, muito esforços, basta se imprensar no meio e fazer algo extravagante que chame a atenção da imprensa.

O que salva a profissão de professor, de coração, realmente é o carinho e o respeito de alguns alunos, mas mesmo assim só desejo essa profissão para os meus maiores inimigos.