A super grana que pira os ídolos do futebol
Para explicar fatos, por vezes absurdos, que envolvem astros do esporte, os especialistas tentam fazer uma ponte da falta de maturidade com os determinantes do seu comportamento agressivo, delinquente e assassino. No que consiste a maturidade? Homem, realmente, amadurece? Um famoso ator de cinema, de 52 anos de idade, disse numa entrevista que agora estava amadurecendo. Bem, se um sujeito de Hollywood, de altíssimo nível socioeconômico e excelente nível cultural começa amadurecer com essa idade, como se esperar que jovens na faixa de 25 anos, de pouca escolaridade, que sofreu discriminação por sua cor, ex-moradores de favelas ou periferias, sejam maturos?
Esses jogadores de origem humilde, que até então passavam necessidades, por vezes fome, e toda sorte de humilhação na condição em que geralmente são largados e esmagados os negros pobres no país, quase de uma hora para outra passam a ganhar milhões. Quando um Robinho da vida, em outra profissão, ganharia R$ 1 milhão por mês? Isso somente do seu time, fora as inúmeras propagandas que, mesmo sem nexo, o penduram como se fosse chaveirinho. Esses jovens anônimos saem do nada e, de repete, têm o mundo aos seus pés e podem realizar todos os seus sonhos de consumo e outras extravagâncias mais. Se, antes, não tinham nem o trocado para o ônibus, agora têm carros caríssimos e importados; ainda a pouco moravam em barracos, casas pequenas e populares, hoje se esbanjam em mansões dos bairros mais elegantes do país, quiçá do mundo.
Se não fossem jogadores de futebol, raramente teriam a quantidade enorme de mulheres à sua disposição. As namoradas seriam as garotas simples, ali mesmo do morro ou da favela, e não as Fernandas, Daniellas, Raicas etc., louras e morenas de pararem o trânsito ou “aviões”, e sempre chegando mais, praticamente congestionando suas pistas de pouso1. Além de tantas outras Marias das mais variadas cores que desesperadamente se jogam às suas chuteiras. Afinal, nem todas têm habilidade para se lançarem nas garras de dinossauro do rock, assegurar uma polpuda pensão, e ser catapultada para o sucesso num programa de televisão, de segunda é verdade, mas em nível nacional.
Essa chama de mulherio, certamente, não é pela beleza de nenhum Deus de Ébano. Do dia para noite os passes desses jogadores passam a valer ouro, eles se tornam o centro das atenções, assediados pela imprensa e por paparazzi, ou seja, não são mais os pretinhos do moro etc., mas uns deuses e semideuses. Logo, não é de se estranhar que algum se sinta acima do bem e do mal, a ponto de prometer que vai acabar com a vida de uma moça suposta mãe de um filho seu, incluindo toda família e amigas da infeliz. Por conta do poder e da fama, estão sempre cercados de bajuladores para atenderem seus desejos mais sórdidos. Até de quebrar o pescoço de uma jovem mãe indefesa, ainda no puerpério, esquartejá-la e servir de comida aos cães2.
Este caso, misto de premonição com morte anunciada, mas vindo de quem vem, ou seja, de “ninguém” perante a arrogância de um “Deus do Olimpo”, quem a levaria a sério? Quando seria escutada? Somente depois do acontecido é que sua dor deixou pistas do quanto foi terrível seu calvário. Essa vítima apenas tentava sobreviver com a migalha que legalmente, caso fosse comprovada a paternidade do Bruno, lhe seria cabível. Eliza Samudio encantava-se com a repentina aceitação - na realidade uma armadilha -, ao mesmo tempo parecia intuir seu juízo final. Samudio (apud GASPAR; ROGAR; SEGALLA, 2010, p.83) enviou, para a sua advogada Anne Faraco, a seguinte mensagem: “Estou no Rio. Se acontecer algo, já sabe quem foi”. Mas, como sempre, fizeram ouvido de mercador, ela não era “ninguém”, portanto sem chance de ser protegida, muito menos de que sob a tortura seus gritos, em meio a um som no mais alto volume, fossem escutados. Na confortável infraestrutura, uma pequena, mas bastante precisa equipe, cuidava de abafar esse pedido de socorro remetendo para bem mais distante o eco dessa fragilidade. E, finalmente, esse grupo de monstros providencia uma tenebrosa assepsia para provar que este “ninguém” nunca estivera naquele sumidouro, procurando eliminar todos os vestígios das suas existência e passagem. Por pouco, também não incluiu nesse processo de evaporação o fruto inocente, “pivô”, a partir do qual desencadeou essa barbaria.
Tantas mulheres dando em cima desses ídolos, obviamente por pura promoção, paixão pelos holofotes e vida mansa. Todos sabem disso, mas é preciso se enganar para não sentir asco e vomitar nas próprias bandejas dessas “ofertas”. Entretanto, a avidez pelo prazer disponível nos banquetes sexuais, os enfeitiça. A ilusão anestesia qualquer flash de consciência para o apetite se manter firmado. Enfim, a mente cala para o corpo gozar. Uma vez que todas as mulheres os desejam e topam tudo com eles, torna-se inaceitável que uma “unzinha” o rejeite. Qual se atreve dizer não, desacatar sua vontade? Então, não cabe o usual “estou a fim”, mas o imperativo: Quero..., e pronto. Caso brinque, ou seja, não considere seu desejo, é provável que sofra estupro ou outros tipos de agressões.
Onde o tal Robinho (que inveja!) e seus companheiros colocam tanto dinheiro? Eles nem sabem o que é perder uma noite de sono estudando? Por que chutar, correr atrás de uma irrelevante esfera faz rolar tanta grana em uma atmosfera de muito frisson? Triste realidade: por que com a cultura, com o exercício do magistério - cujo cotidiano em ambientes, geralmente, perversos, se enfrenta perseguição e competição acirrada dos “colegas”, abuso de alguns alunos, as chatas e imbecis exigências burocráticas da escola - se percebe apenas alguns tostões, e arremessar uma bola ou ficar com a “cara de tacho” no meio de um Estádio em uma Copa do Mundo produz tantos milhões? Por que a imagem de um jogador vele tanto e de um professor não vale nada ou quase? Ninguém convida professor nem para fazer figuração em filme comercial? Talvez devido ao fato de que essa profissão, de tão ingrata que é, faz do educador uma peça permanente de “decoração”. Em suma, ser professor não tem nem uma filigrana de glamour, mas apenas cobranças, obrigações e, por vezes, pavor.
Como na vida nada é perfeito, esses atletas também pagam - pudera! - um pequeno preço. Estão sempre sendo vigiados, quando aparecem bêbados no outro dia é manchete. Se, um deles, sair com um travesti usando a desculpa esfarrapada de que brigou com a namorada, dar confusão, em especial, quando tem o azar de peitar com um profissional do sexo chegado à extorsão. Depois, em rede nacional, o “vitimado” desse melodrama procura justificar que não é gay. Todos se refazem do susto, desse mal-estar, se restabelece a ordem no cenário hipócrita da sexualidade tupiniquim. E para reforçar, provar que ainda é muito macho, logo em seguida engravida a namorada. No imaginário desta cultura, ter filho é incompatível com o fato de ser gay. Assim, a ideia de que ele venha a transar com mulher está no campo do impossível. Isto é, nessa perspectiva todo homossexual é heterofóbico, por conseguinte teria nojo de mulher enquanto objeto sexual. Sequer ventilam a possibilidade de que o sujeito possa ser - alguns teóricos também não acreditam - bissexual ou pansexual. Quem foi que disse que jogador ou atleta não pode ser bissexual, homossexual e outras variações?
O fato de ter mulher, amante e desfilar com tantas outras mulheres não atestam nada. Num retrocesso dos mais primitivos, o Técnico da Seleção de Portugal, Luiz Felipe Scolari (2006, p.8), disse: “Se descubro que um de meus jogadores é gay, eu rapidamente me livro dele”. Por que, além do gramado, com quem o jogador compartilha sua intimidade também interessa e/ou incomoda esse senhor? Freud explica. Por que os jogadores teriam que ser machos heterossexuais? O que mais se ver atualmente são gays com físicos avantajados, trabalhados e másculos. Nos sites de relacionamentos muitos assumem que são machos passivos ou versáteis, é que desejam machos ativos e bem dotados, não tem preconceito, mas, rigorosamente, descartam efeminados. Em vista disso, a diferença está apenas em relação ao objeto sexual que machos heterossexuais e machos homossexuais levam para cama.
Em que chutar uma bola faz do sexo masculino um “verdadeiro” macho? Além do indivíduo, de algum modo, ser pressionado a declarar publicamente essa sua condição. Por que não se exige das jogadoras que sejam femininas e provem que não são lésbicas? Quando vejo uma determina grande jogadora de futebol na TV, por vezes dar para esquecer que se trata de uma moça, em particular, quando ela aparece de vestido social em solenidades nas quais é homenageada, pois lembra um homem fantasiado de virgem do carnaval. Por que se associa futebol a coisa de macho, quando as mulheres demonstram igual aptidão? Quem disse que bola é coisa de menino, mas não de menino delicado, mais de muito macho? Segundo Smith (apud OLIVEIRA, 1983), por meio do processo de socialização baseado em normas específicas para sexo, se adquire atitudes, crenças, preferências impostas pela cultura. Esse pensamento é corroborado por Poli (2007, p.11), quando afirma que “padecemos, neuróticos que somos, da tentativa de construir uma imagem que possa corresponder ao que supomos ser um homem ou uma mulher”.
Decerto, muitos jogadores, devido à profissão, se reprimem, ficam dentro dos armários, talvez não aqueles tão fechados. Uma maneira de se soltarem é por meio das orgias, aliás, bem programadas, em relação às quais eles têm apenas o trabalho de botar a mão nos bolsos entupidos de euros e dólares, e caírem na farra. Aí, sim, podem, à vontade, “encher as caras” e dá evasão aos instintos, não necessariamente explícitos, mas, por vias indiretas. Os adeptos do sexo grupal, das orgias sexuais, têm tendência bissexual ou homossexual latente ou reprimida. Transando diante dos outros ou os vendo transar lhes proporcionam maior excitação, isso porque, de alguma forma, nessa folia, literalmente se tocam, e, assim, terminam atendendo a essa necessidade homoerótica sem se comprometerem. Como diz Lacan (apud JULIEN, 2002, p.116-17), “o voyeurismo é apresentação da fenda como entrada no espaço do desejo do Outro. [...] O exibicionista não espia como o voyeur, ele ‘entreabre sua tela’, como uma calça que se abre, para oferecer à vista do Outro, tocá-lo ‘para além de seu pudor’ e pôr-se à mercê de seu desejo”.
No campo ou gramado, de várias maneiras, os jogadores dão expressão à esfera afetiva, tem-se a amizade e o coleguismo, naturalmente salutar para que exista espírito de equipe. Quando do evento do gol, efusivamente os jogadores se abraçam, se escancham uns nos outros e caem formando - que paradoxo! - um amontoado de machos quentes, ofegantes e suados. Na orgia, de modo simbólico se vivencia os papéis ativo/passivo, dão trégua à repressão. O prazer obtido em grupo, em um clima meio lúdico, parece ser menos ameaçador, não perturba a consciência e nem arranha imagem alguma, ou seja, continuam sendo para seus fãs os ídolos machos, deuses do futebol. Se, por ventura, devido a uma maior empolgação passar dos limites, o efeito alcoólico e outros podem ser perfeitamente usados como álibi.
Esses cidadãos têm tudo: carrões, mulheres, dinheiro e fama. Mas, tudo na vida tem o outro lado da moeda, apesar de todo paparico, poder e endeusamento, por vezes, não conseguem afastar da memória o mal-estar das carências e opressões vivenciadas nos seus primórdios. Do quanto foram discriminados quando eles eram anônimos. Por conta disso, toda essa ostentação e volúpia sugerem o postiço ou falso, eles percebem que não são amados, desejados pelo que são, mas pelo representam. Por causa dessa história de vida, mantêm subjacentes sentimentos ambivalentes. A felicidade da fama, assédio e prestígio não conseguem tamponar a memória pulsante de que, apesar de terem “embranquecidos”, continuam os moleques ansiosos para voltarem à favela e reencontrar seus verdadeiros amigos. De tão veemente essa necessidade, muitos não conseguem ficar, com todo risco que isso implica, longe de suas raízes. Isso demonstra muita personalidade. Assim, enfrentam o olhar vigilante da impressa e da polícia, para se reabastecerem nessa fonte, independente de que possam aproveitar para outros fins, ali, sim, se sentem gente. São cientes que valem pelo que eles são, e não apenas pelo que simbolizam: fantásticos e milionários craques do futebol.
Lógico, que eles devem ser punidos pelas extravagâncias ilegais, pela expressão do maucaratismo, crimes e assassinatos. Mas tentar explicar que o envolvimento desses homens com questões de justiça, polícia etc., se deve a falta maturidade! É um discurso antigo, fácil, repetido por quase todos, por isso incapaz de suscitar alguma reflexão. Na verdade, esses ídolos perderam o semblante de indivíduos ditos normais, seguramente são até muito fortes, pois, a maioria, de alguma maneira resiste à pressão da imprensa, do assédio, do poder e sedução. Se jovens com as mesmas características de origem, idade e cor, que ganhar um salário, sem sentem o máximo, e tentam exercitar a masculinidade por meio de baderna etc. É difícil imaginar o que alguém com uma média de R$ 200 mil à R$ 1 mi mensal, acrescido a noção de que se encontram na vitrine do mundo, possa se comportar. Em quase toda parte do planeta em meio à pobreza, línguas complicadas e dialetos diversos, garotinhos com muita dificuldade, mas com uma profunda admiração, pronunciam os nomes dos nossos jogadores. Confesso uma estranha ponta de emoção patriótica e, de novo: inveja.
Entre os oitos Estágios do Desenvolvimento proposto por Erik Erikson (apud BEE, 1984), está como primeiro estágio da fase adulto, a Intimidade x Isolamento, período em que o jovem da faixa etária entre 19-25 anos, ultrapassa o amor adolescente, para casamento e formação de um grupo familiar. Os dois estágios seguintes são: Generatividade x Estagnação (26-40 anos) e Integridade x Desesperança (41... anos). O citado autor não fala de maturidade, e sim de Integridade, essa que integra os estágios anteriores como base da identidade. A maturidade - que se confunde com saúde mental3 - consta de cautela, prudência. Um equilíbrio certamente muito raro no homem quando associado à fama e a muito dinheiro, em particular, na faixa etária entre 19-25 anos, na qual estão esses ídolos ditos problemáticos. Mas os estragos poderiam ser bem piores, uma vez “que a base da saúde mental adulta é construída na infância e, é claro, na adolescência” (WINNICOTT, 2002, p.191).
Portanto, essa conquista torna-se muito complicada para esses jogadores administrar, uma vez que, não se processa de modo lento e gradual de adaptação ou elaboração desta super valorização, conforto extremo, fama e exposição. Mas, em uma passagem brusca que resulta na mudança radical da “água para o vinho”. Não se trata de ganhar bem ou muito, mas de ser abençoado com um absurdo de dinheiro, relativamente com pouco esforço, e em pouquíssimo tempo. Ninguém de origem modesta suporta permanecer na camisa de força da “normalidade” com salário astronômico. Eu também pirava, mas, com certeza, a sangue frio não mataria ou mandaria capanga machão com a seguinte estranha e suspeita frase: “Bruno e Maka, A amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro”, tatuada nas costas, retirar uma viva alma de circulação. No entanto, é bem possível que cuspisse na cara de alguém - não como fez alguns anos atrás, o até então somente ator, Miguel Falabella4, no Sambódromo do Rio, em uma senhora idosa que, ao assisti-lo desfilar, perguntou-lhe: “Você está tão magrinho, meu filho. Ta doentinho, ta?” O ímpeto feroz do melindroso ego do astro global, como se não bastasse, enfatizou, ainda, que a vítima deveria ser espancada -, mas em uma meia dúzia de vermes que, devido a um malentendido procedimento burocrático, que poderia ser perfeitamente contornado, resolveu me prejudicar. Senti na pele a ruindade gratuita de uma espécie de bactéria que, mesmo fazendo juramento solene de respeito às pessoas, jamais poderia ser chamada de humana.
Concluo o texto sobre o caso Suzane von Richthofen, que está no meu livro Nuances dos testes psicológicos e algumas inquietações pós-modernas (2010, p.231), com o seguinte parágrafo: “enquanto não se põem em prática as novas ideologias do nosso estar no mundo, o melhor é nos prepararmos psicologicamente para nos depararmos com fenômenos ainda mais escabrosos. As travas das aberrações foram liberadas, agora as ‘bestas-feras’ protagonizarão cena/s ainda mais hedionda/s”. Eis mais um caso no cardápio das barbaridades que parece confirmar minha “profecia”.
Finalmente, esses jogadores por não terem nascido em berços menos carentes ou miseráveis, são vítimas do próprio talento e do desejo de ascensão, no caso, meteórica. Muitos vêm de famílias desestruturadas, e, agora, que podem ter assistência psicológica e/ou psiquiátrica dos melhores profissionais, infelizmente não se permitem a esse tipo de ajuda. Parecem considerar que dinheiro é tudo, e que automaticamente vai curar todas as suas “feridas”. Assim, esses Imperadores com a disposição voraz de atenderem a todos seus caprichos, impulsionados por um passado traumático, são capazes de “atearem fogo” no seu entorno, em Roma, ou no mundo.
Notas:
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O Bruno era “ex- casado”, estava tendo esse rolo com a ex-amante acompanhado de uma amante. Para o senso comum isto não é ridículo, do contrário é ser muito macho. Porém, para a psicologia nem tanto, a prática sedutora do Don Juan, de algum modo, contradizia sua mais encoberta intenção.
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Se esta história não for exatamente assim, porém é fato de que Eliza Samudio está desaparecida. Tem-se a prova do seu sangue encontrado no carro do goleiro, e do seu bebê sem a mãe.
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Segundo Winnicott (1990, p. 28), “... os distúrbios não são produzidos por conflitos emocionais, mas pela hereditariedade, constituição, desequilíbrio hormonal e ambientes brutais e inadequados”.
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É esse mesmo Falabella que hoje protesta a pegadinha do arroto na atriz Laura Cardoso, de 82 anos, pela humorista Vanessa Bargan do grupo “Pânico na TV” (IN: http://extra.globo.com/lazer/retratosdavida/posts/2010/07/13/falabella-defende-laura-cardoso-apos-piada-de-mau-gosto-de-humorista-307880.asp). Concordo totalmente que é uma diversão de mau gosto, como é a maioria desse gênero, um desrespeito a uma das grandes damas da nossa teledramaturgia etc., mas, e a senhorinha na Sapucaí? Então tudo bem! Não ocorreu nenhum protesto, ela não era atriz e nem conhecida, assim o absurdo, devido à prepotência, falta de humanidade e excesso de estrelismo, se convertem em monstruosidade: além de cuspida teria que ser espancada!
Referências
BEE, H. A criança em desenvolvimento. 3. ed. São Paulo: Ed. Harper & Row do Brasil, 1984.
FALABELLA, M. Entrevista Disponível em: <http://marieclaire.globo.com/edic/ed102/report_falabella2.htm> Acesso em: 15 jul. 2010.
GASPAR, M.; ROGAR, S.; V, SEGALLA. O suspeito número 1. Revista Veja, São Paulo, ed. 2172, Ano 43, n. 27, 7 jul.. 2010.
JULIEN, P. Psicose, perversão, neurose: a leitura de Jacques Lacan, Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2002
OLIVEIRA, L. S. Masculinidade Feminilidade Androginia. Rio de Janeiro: Achiamé. 1983.
POLI, M. C. Feminino/masculino. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
SCOLARI, L. F. In: Primeiro Plano – Dois pontos: Revista ÉPOCA, São Paulo, n. 416, 8 mai. 2006.
SILVA, V. G. Nuances dos psicológicos e algumas inquietações pós-modernas. João Pessoa: Ideia, 2010.
WINNICOTT, D.W. Natureza humana. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1990.
______. Privação e delinquência. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.