Pseudônimo do escritor francês Jacques Anatole François Thimbaut (16/4/1844-12/10/1924), ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1921. Nasce em Paris e, como filho de livreiro, dedica-se desde cedo às atividades literárias.
Estuda os clássicos no colégio jesuíta Stanislas e, mais tarde, história medieval na École des Chartes. Em 1873 publica os versos parnasianos Poemas Dourados e Bodas Coríntias, um drama em versos. Em 1877 casa-se com Marie-Valérie Guérin de Sauville.
Em 1881 escreve O Crime de Sylvestre Bonnard, romance irônico com toques de humanismo e filosofia cética que firma sua reputação. Suas críticas literárias apontam tendências clássicas, como em A Vida Literária (1887-1893), escritas para o jornal Le Temps; o romance O Lírio Vermelho (1894), inspirado em seu relacionamento com Madame de Caillavet; e a antologia O Jardim de Epicuro (1894). Divorcia-se em 1893 e, em 1896, é eleito para a Academia Francesa.
No ano seguinte, ao ficar do lado dos defensores de Dreyfuss, seu trabalho literário ganha cunho político, passando de liberal a socialista e, no fim da vida, a comunista. Desse período, é História Contemporânea, série de quatro romances (1897-1901). Suas obras já apresentam preocupações sociais bem definidas, como em O Caso Crainquebille (1902), A Ilha dos Pinguins (1908), A Revolta dos Anjos (1914) e Os Deuses Têm Sede (1912), de aguda sensibilidade diante das misérias sociais. Destacam-se ainda: Thais (1880), A Casa de Assados da Rainha Pédauque (1893), As Opiniões de Jerônimo Coignard (1898), O Pequeno Pierre (1918), A Vida em Flor (1922). Morre em Saint-Cyr-sur-Loire.